sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A cerimônia de abertura do 9º Curta Santos, realizada na terça-feira (13), no Teatro do Sesc, teve todos os ingredientes de uma noite de gala cinematográfica: algum atraso, badalação, jornalistas disputando os entrevistados, mesmo sem nem sempre saber de quem se tratava, discursos emocionantes, outros sem graça, gente interessada no assunto e pessoas que só pretendiam chamar atenção. 

Teve cultura, homenagens justas, gafes divertidas. Principalmente, a grande novidade divulgada durante a coletiva de imprensa pelo Diretor Geral, Ricardo Vasconcellos: em 2012, décimo ano do evento, o Curta Santos será chamado Santos Festival de Cinema, cuja sigla, SFC, é a mesma do Santos Futebol Clube, o tema do ano que vem, quando o clube completará 100 anos de existência. 

O Diretor de Produção Junior Brassalotti confirmaria: além dos curtas, serão exibidos longas-metragens.
Para Ricardo, o retorno da Mostra Brasilis possibilita um ganho em relação às edições anteriores. “Este ano, trazendo novamente a mostra nacional, vamos ter uma mistura entre o que foi produzido regionalmente, trazendo os melhores curtas-metragens do Brasil e fazendo essa salada. O que vai dar? É só a gente conferindo nas telas”. 

Segundo o Diretor Geral, a chance de ver o que é produzido nas outras cidades só comprova a qualidade das obras regionais. “O que está sendo feito no município é muito próximo do que está sendo feito no Brasil. Santos ganha com isso e o Curta Santos fica classificado como um dos melhores festivais de curtas-metragens do país”. 

O produtor cultural confirma: 2011 traz a melhor leva de curtas de todos os nove anos. “A seleção foi muito difícil. Não foi fácil selecionar apenas 15 filmes de uma Mostra Brasilis e 15 filmes da Mostra Caiçara. E também os videoclipes”, diz.
O presidente do Santos Futebol Clube, Luis Álvaro de Oliveira, não escondeu a felicidade em ver seu time como futuro homenageado. “O Santos é espetáculo visual, coreografia e o cinema tem tudo a ver com isso. No próximo ano vamos poder comemorar 100 anos do Santos e 10 anos do festival. Será a simbiose perfeita”.

Já o Secretário de Cultura, Carlos Pinto, destacou a exposição positiva proporcionada pelo Curta Santos à cidade. “O festival cresceu muito. Tornou-se de uma importância muito grande dentro do panorama do cinema nacional. É reconhecido no país todo e hoje começa a atravessar fronteiras. Tivemos recentemente o Ricardo Vasconcellos em Moçambique, levando filmes nossos. A ideia é espalhar, transpor fronteiras, levar as coisas que são feitas aqui para outros países, fazer realmente o intercâmbio”, explica.
Mestre de cerimônias, a maluquete Elke Maravilha esbanjou carisma ao longo da apresentação. E destacou o caráter aglutinador do festival. “É muito importante. Tem gente inclusive que reclama que há festivais demais no Brasil. Não tem. Temos muitos Brasis e é muito bom integrar culturalmente. Então é muito importante esse troca-troca. Aprendemos com as diferenças. É necessário. A arte é necessária na vida da gente”, celebra.
Com o tema “Para Todas as Mulheres do Mundo”, os organizadores capricharam na escolha das homenagens. Uma delas, concedidas à cineasta Laís Bodanzky, que viu em sua escolha uma chance de rever a carreira. 

“É muito bacana receber uma homenagem, por que acho que provoca uma reflexão. Pelo menos eu parei para refletir sobre o que fiz até agora. Como realizadora é interessante essa homenagem para poder continuar. Será que tem alguma coerência em nosso trabalho, afinal? É tudo tão difícil, tão corrido, muito intenso, que às vezes falta espaço para reflexão. A homenagem te causa isso: uma boa reflexão...”. 

A diretora, projetada após o sucesso do curta “Cartão Vermelho”, explicou a importância do curta-metragem na carreira dos realizadores. “Eu fiz faculdade de cinema, mas eu posso falar que a minha verdadeira faculdade foi colocando a mão na massa, nas produções de curtas. Não só os meus, mas dos meus colegas também. Eu sempre recomendo a quem quer trabalhar com audiovisual: começa pelo curta, que é um espaço de experimentação, de ousadia. E que normalmente revela novos talentos”. 

Laís recebeu o troféu Chico Botelho das mãos do pupilo Francisco Miguez, a quem dirigiu em “As Melhores Coisas do Mundo”. Curiosamente, foi dele uma das escorregadas do evento. Enquanto surgiam imagens do filme de 2010 num telão, o jovem ator tentava relembrar um trecho do longa. Deu branco. Mais tarde ele voltaria para completar a tarefa e tomaria um puxão de orelha dela: “Está vendo, teatro é ao vivo. Diferente do cinema”. 

Quem arrancou aplausos vibrantes foi a veterana Etty Fraser, a patronesse do 9º Curta Santos. “É uma emoção muito grande. A vida da gente tem vários momentos. Esse me emocionou demais, porque eu comecei minha carreira em 1959, na cidade de Santos, fazendo uma peça do José Celso Martinez Correa. E com essa peça nós abrimos o Teatro Oficina. E eu ganhei o prêmio de melhor atriz. Foi meu primeiro prêmio”.

Outras homenagens: do Instituto Criar, de Luciano Huck, o público pôde conferir um vídeo que mostra o trabalho da instituição; o artista plástico Thiago Cóstackz recebeu homenagem especial e chamou atenção para o tratamento aos gays, negros e mulheres; a Dama das Artes Nydia Licia não pôde comparecer para receber o troféu em virtude de uma forte gripe; e Nuno Leal Maia, que nesta quarta (14) colocará as mãos na Calçada da Fama do Cine Roxy, entregou o prêmio Lilian Lemmertz à musa Christiane Torloni. 

A atriz comemorou a juventude que produz novas obras e alertou para os cuidados com a natureza. Foi aplaudida de pé. Triste é pensar que suas palavras podem ter entrado por um ouvido e saído pelo outro para muita gente. 

Perto da meia-noite e a cerimônia acabou. Porém, a festa segue. Festa cultural. Não apenas de cinema. Até sábado, serão exibidos 60 curtas, os longas de Laís Bodanzky e a exposição “Estrelando...”, de Waldemar Lopes. 

“O convite surgiu de maneira espontânea, por que eu sou colunista do blog Curta Santos e quando fui fazer uma matéria sobre ‘A Moreninha’, clássico nacional com a Sonia Braga, publiquei a foto de uma pintura e o Junior Brassalotti se entusiasmou e me convidou para a mostra”, recorda o artista plástico.

A programação completa, locais de exibição e horários estão em www.curtasantos.com.br. Aproveite a chance. 



Fonte *André Azenha é jornalista, colunista do Jornal da Orla e editor do do www.cinezen.net
Equipe de Projeção - Foto Tito Wagner

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Por uma Educação melhor.

http://www.youtube.com/watch?v=TWdl5Y5nNqI&feature=player_embedded#!

Quero chamar a atenção para a manifestação destes estudantes em Santa Maria/RS,até quando vamos ficar de braços cruzados esperando por uma educação mais eficiente neste Brazil? muitos dizem que a juventude esta perdida em meio a um mundo capitalista,segregado e individualista,outros ainda dizem que somos a sociedade do vazio,da comunicação sem relação afetiva,sociedade liquida,totalmente emocional.
Pois,vejam meus caros,é possível sim ter uma juventude totalmente ativa e responsável,quando de forma bem organizada lutando pelos seus direitos.que esta atitude fique como referencia para o resto do mundo.


Podemos e devemos sim querer mudar o mundo.